sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Vinícius O Poeta



Hoje comprei um livro lindo que fala sobre o Vinícius de Moraes…


Eu e o Poetinha temos um velho caso de amor, ele me acompanha desde a minha infância, desde os meus primeiros versos, não consigo falar de Vinícius sem me emocionar, ele é a minha paixão eterna.


Eu nunca me identifiquei muito com o Rio de Janeiro, mas isso é tópico para outro texto, o Poeta sempre foi a minha maior ligação com as minhas raízes Carioca.


Sempre amei a forma apaixonada que ele falava do Rio, da mulher carioca, isso sempre me encheu de orgulho de dizer “Eu sou Carioca”, porque lembrava o meu Poeta.


“Eu sem você não tenho porque…”


Foi ao fazer um trabalho para a escola sobre Vinícius que descobri mais sobre ele, e o meu amor aumentou, como se isso fosse possível, mas eu não quero falar sobre isto agora, que tenho o coração machucado, quero falar de Vinícius com o coração alegre, com alma lavada.


“Teus abraços precisam dos meus, os meus braços precisam dos teus…”


Porem não poderia deixar de falar desse livro maravilhoso, este relato gráfico da vida de Vinícius, e como se não bastasse, vem acompanhado de dois CDS, um onde o Poeta é acompanhado pela divina Maria Creusa e outro acompanhado de Toquinho e Maria Bethania, fantástica Bethania.


“Você tem que me fazer um juramento (…)
(…) De não perder esse jeitinho de falar devagarinho as historias de você (… )”




"O poeta só é grande se sofrer..."


Vinícius de Moraes

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O que queria dizer-te


Sobre a Música


A tua música desliza pelos teus lábios, envolve-se com o ar, e tem um caso de amor com os meus ouvidos…


Ela incendeia os meus sentidos, corta-me o fôlego, paralisa tudo que há em mim…


Me pego a desejar ser uma melodia, para poder tocar os teus lábios, abraçar-te nas minhas notas, envolver-te nos meus versos…


Mas tu roubas-te a minha música, deste a minha canção a outra amada, esmagaste o meu coração com a tua indiferença…


Os meus versos ficaram tristes, a minha poesia murchou como uma flor de lótus, as minhas pétalas estão secas mas continuam de pé…


Hoje a tua música é o meu tormento, é a minha melancolia, a minha doença crónica, o meu pior vicio, não tem cura…


Mas eu levanto-me, ergo todo o meu ser, toda a estranha em que a tua música tornou me, eu respiro…

O amor é uma tormenta, é desespero, ele desaba em mim, me inunda e eu não mais me reconheço…


De todas as canções, és a mais doce, a mais venenosa, o veneno mais cruel e mais mortal que há na face da terra…


Escolhes-te outra vitima para os teus mistérios, mas esqueceste de enterrar a tua falecida, ela está viva, ela está de pé, ela ainda canta a tua melodia…


Ela sofre por não poder mais ouvir a tua música, porem a vida continua, e ela sabe que terá de fazer versos para novas canções…


Um dia terás de devolver a canção que roubas-te de mim…

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Sobre a saudade



De todas as dores do mundo a mais dorida é a saudade…

A saudade de momentos que não poderão mais ser vividos, de pessoas que estão distantes, das que já se foram, a saudade de momentos ainda não vividos…

A pior saudade é daqueles que estão vivos e do nosso lado…

Daqueles que vemos mas não podemos falar, daqueles que que fazem o nosso coração palpitar de uma forma desenfreada, que fazem arrepiar todos os pelos do nosso corpo.

E nos sentimos impotentes, por deixar o orgulho falar mais alto que a saudade.

A saudade é um lugar, um lugar sombrio, um lugar distante dentro da nossa alma, as vezes o caminho que se faz até a saudade não tem volta.

A saudade não tem cura, porque mesmo que voltemos a ver ou ter esta pessoa, os nossos momentos já foram roubados, já foram consumidos, aqueles momentos onde só tínhamos a saudade como companhia.

A saudade é o alimento do poeta.

“De ti…”


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Menina da Luz


Queria que você fosse a “menina da bolha”, para que ficasse numa atmosfera perfeita longe de todo o mau do mundo.

Queria saber fazer mandingas para te livrar de toda a inveja, de todo o “olho gordo” das outras meninas que odeiam-te pelo simples facto de não poder ser como você.

Queria ser mestre em artes-marciais para poder ser tua guarda-costas, e proteger-te dos meninos bonitos que teimam em magoar-te.

Queria que esse texto tivesse “dons” curativos, para poder colar de volta o seu coração partido.

Mas és grande demais para caber numa bolha, és luminosa demais para ficar livre da inveja e és linda demais para não atrair os meninos bonitos, que no final são sempre sapos verruguentos.

Tudo o que eu posso fazer é dar-te a minha mão, e deixar que deite a cabeça no meu ombro, e não criticar-te por derramar as suas lágrimas.

Tens o mundo aos teus pés e o meu coração nas tuas mãos, e o único consolo que posso dar-te e lhe dizer no final vai ficar tudo bem.

És uma pequena com alma de gigante, és como o céu, és Luz por isso agora só falta deixar-te brilhar.

Tudo o que eu posso fazer é ficar ao teu lado…

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Sobre as palavras


Escrever é um acto libertador, é onde eu posso expressar todos os meus medos, meus receios, quando escrevo sobre as coisas que me transtornam é como se as tivesse jogado num enorme buraco negro no meio do espaço.

Sinto tanta vontade, não, necessidade de escrever… as palavras vão surgindo e libertam-me, da tristeza…

Só as palavras compreendem-me, elas dão um lar para o meu coração vazio, que anda perdido como um cachorro na chuva.

Elas confortam-me, dão-me esperança, dizem-me que a tal luz no fim do túnel realmente existe.

Elas são como os primeiros raios de sol depois de um longo período de chuva, aquecem meu corpo, trazem-me de volta a vida.

Eu escrevo para não ficar louca, para manter o pouco de sanidade que ainda resta dentro de mim, mas ao mesmo tempo a minha escrita encaminha-me para a loucura, mas esta loucura é atraente, esta loucura é “normal”.

As palavras e eu andamos de mãos dadas, não conseguimos viver sós, por isso nos fazemos companhia, elas são a minha verdadeira “alma gémea”, elas conduzem-me à felicidade.

Escrever… faz parte da minha essência, e não pode-se lutar contra a nossa essência…

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Tranformações



A minha Baby Sister já é mãe...isto sim é Surreal!


Ainda fico assustada com as voltas que a vida dá, nunca pensei em ver aquele ser pequenino a cuidar de outro ser menor ainda, não tão pequeno pois a minha amada sobrinha nasceu com 51cm e 3,660kg.


Não me levem a mal, eu sabia que um dia isto aconteceria, mas ainda sim levei um susto, e estou feliz por ela ter se transformado numa mulher, e de a ouvir a falar da vida com tamanha responsabilidade, fiquei com o coração cheio de orgulho da minha pequena.


A vida é cheia de celebrações, e eu achei importante comemorar a transformação da minha irmãsinha...


É verdade que já fazia algum tempo que eu pensava em tatuar uma flor de lótus, adoro o significado dela, é uma flor Surreal!


A lótus, para os Chineses, simboliza o passado, o presente e o futuro , respectivamente, pela flor seca, pela flor aberta e pela semente que irá germinar; A semente de Lótus pode, por exemplo, ficar mais 5.000 anos sem água, somente esperando a condição ideal de umidade pra germinar. Ela nasce na lama e só se abre quando atinge a superfície, onde só então mostra suas luminosas e imaculadas pétalas, que são autolimpantes, isto é, têm a propriedade de repelir microrganismos e poeiras.


É também a única planta que regula seu calor interno, mantendo-o por volta de 35º, a mesma temperatura do corpo humano. O botão da flor tem a forma de um coração, e suas pétalas não caem quando a flor morre, apenas secam.


Ou seja, uma maravilhosa forma de celebrar esta nova fase da vida dessa "pessoinha" que eu amo tanto, e também para celebrar as grandes transformações que estão por vir na minha vida.


Ao ser tatuada pensei na minha irmã, e na grande tarefa que ela terá para cumprir de agora em diante, e a verdade é que a dor foi menor do que imaginava, fica aí um pequeno vídeo como prova...








terça-feira, 2 de setembro de 2008

Uma mulher fálica...



Uma vez eu li um texto da Tati Bernardi que falava sobre uma mulher "fálica",e fiquei a pensar: "Afinal o que é ser uma mulher fálica???"

E me auto denominei como uma, mas havia algumas pessoas, por incrivel que pareça grandes amigas, que me disseram "Caroll tas mais para uma mulher fálida", ok tive de concordar, afinal uma mulher fálica é acima de tudo uma mulher que é mais "macho do que muito homem", e lá estava eu a viver um momento cor de rosa, com direito a lenços de papel e músicas do Caetano Veloso.

Mas a Tati Bernardi há de concordar comigo que ser uma mulher fálica é complicado, apesar de toda a revolução que nós, mulheres, fizemos no decorrer dos séculos, de todos os direitos que conquistamos, enfim,depois de tudo isso ainda sofremos por amor mais do que os homens.

E como uma mulher fálica ultrapassa a dor de um coração partido?

Há uma infinidade de alternativas, ao menos eu tenho uma lista infinita, e falhadas, de tentativas de sair da tal "dor de cotuvelo".

Mas acho que tenho de finalmente de concordar com os milhares de conselhos dados por todos os meus queridos amigos.

O único remédio para um coração despedaçado é o TEMPO, atenção há de se respeitar este Sr., pois ele é sábio e eficaz.

Também temos de saber usar a palavra "BASTA"!

"Basta" de chorar,

"Basta" de sofrer;

"Basta" de pensar;

"Basta" de deixar de viver;

"Basta" de me anular!

Enfim, acho que não posso dizer que sou uma mulher fálica com todas as letras, mas aos poucos vou soletrando com mais coragem.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O teu sorriso...


O teu sorriso é algo como uma comemoração
É como um final de ano na praia de Copacabana
Os fogos de artifício a brilharem no céu…
As garrafas de champanhe a estourar…
O mar a brilhar com a luz da lua…
A felicidade…
O teu sorriso é um pecado…é um desejo…
É o fruto da árvore proibida…
É a lata de biscoito de manteiga escondida em cima do armário…
O teu sorriso é o começo do verão…
Aquele calorsinho que começa a aquecer a pele…
É pisar na areia quente da praia e sentir o sol na ponta do pé…
É o primeiro mergulho da temporada, sentir a água salgada a inundar o meu corpo…
O teu sorriso é como uma ressurreição…
É sentir o meu corpo ganhar vida, a respiração a voltar, o coração a bater…
Tum Tum Tum Tum…ai meu Deus o teu sorriso…
O teu sorriso é como o primeiro beijo…
Um calor a tomar conta do meu corpo…
A força dos corpos abraçados…
A inocência misturada com a curiosidade…
O teu sorriso é como descobrir um novo continente…
É dar nome a uma nova morada…e descobrir novos horizontes…
O teu sorriso é estar em casa…
É deitar na rede da varanda e olhar para o céu carregado de estrelas…
O teu sorriso é uma utopia…
È olhar para algo que nunca poderá ser visto com os verdadeiros olhos…