
A tua música desliza pelos teus lábios, envolve-se com o ar, e tem um caso de amor com os meus ouvidos…
Ela incendeia os meus sentidos, corta-me o fôlego, paralisa tudo que há em mim…
Me pego a desejar ser uma melodia, para poder tocar os teus lábios, abraçar-te nas minhas notas, envolver-te nos meus versos…
Mas tu roubas-te a minha música, deste a minha canção a outra amada, esmagaste o meu coração com a tua indiferença…
Os meus versos ficaram tristes, a minha poesia murchou como uma flor de lótus, as minhas pétalas estão secas mas continuam de pé…
Hoje a tua música é o meu tormento, é a minha melancolia, a minha doença crónica, o meu pior vicio, não tem cura…
Mas eu levanto-me, ergo todo o meu ser, toda a estranha em que a tua música tornou me, eu respiro…
O amor é uma tormenta, é desespero, ele desaba em mim, me inunda e eu não mais me reconheço…
De todas as canções, és a mais doce, a mais venenosa, o veneno mais cruel e mais mortal que há na face da terra…
Escolhes-te outra vitima para os teus mistérios, mas esqueceste de enterrar a tua falecida, ela está viva, ela está de pé, ela ainda canta a tua melodia…
Ela sofre por não poder mais ouvir a tua música, porem a vida continua, e ela sabe que terá de fazer versos para novas canções…
Um dia terás de devolver a canção que roubas-te de mim…
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