sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Devaneios


Tô cansada de conhecer personagens de Romances da Jane Austen, que depois revelam-se vilões de filmes de terror classe "z", daqueles que andam devagar atrás da pobre mocinha, muito peituda e muito burra, que se farta de correr e dá gritinhos agudos de "Helpppppppppppppppppp".

Queria conhecer alguém insípido, alguém que me fizesse sentir vontade de dizer: "Dude, sem ofensa, mas não tens nada de especial, mas já que eu não estou fazendo nada..."

Se eu sofresse de "complexo de Pinóquio" neste momento estava no "Doutor eu preciso de ajuda!", a implorar por uma rinoplastia.

Não, a sério, dá raiva demais conhecer alguém que me deixa tonta, que corta meu ar, que quase me faz uma jovem vitima de um ataque cardíaco fulminante e blá blá blá, e uns dias depois descobrir que, Oh, não ninguém merece...

Ya, se calhar é verdade, eu dou demasiada importância as coisas, mas alguém neste mundo me explica como pode se não dar demasiada importância as coisas do coração???

Uma vez eu ouvi um cardiologista dizer que quando temos um desgosto não o sentimos no coração e sim no cérebro, e que a tal "dor no peito" é apenas uma expressão...

Alguém por favor tire já o bisturi das mãos deste sádico!!! Sabe ele o que fala? O coração doí sim seu imbecil diplomado!!!

As mulheres são amargas, as mulheres são humanas...e há homens que são como as mulheres...

O que eu quero dizer é: "Pra que perder o tempo com alguém com conteúdo, se as pessoas insípidas são aquelas que nunca nos largam?"

Será que a vida tem de ser sempre estar " na maior"???

"Nem tudo é como você quer, nem tudo pode ser perfeito, pode ser fácil se você ver o mundo de outro jeito", Capital Inicial

Whatever...

Tô farta de viver numa série americana, daquelas que o final feliz só chega no último ano.

O meu momento é este, e quem manda nesta porra sou eu!

Por isso, nem Jane Austen, nem Sexta-Feira 13, afinal, já que eu levo jeito por que não ser a autora da historia da minha vida?

"Siga em frente em linha recta e não procure o que perder, escolha uma estrada e não olhe pra trás." Capital Inicial

E sigam-me os bons!!!

"I WANNA BE DIABLO CODY"

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Netuno



"All this feels strange and untrue
And I won't waste a minute without you..."
Snow Patrol, Open your eyes.


Ele acha graça das minhas piadas infantis, e fita-me com olhos de "que grande mulher".

Ele tem um sorriso do tamanho do universo, com todas as estrelinhas, planetas, extraterrestres e etc, etc...

Ele tem olhos tristes, mas com uma luzinha que pisca, pisca, como uma luz de natal.

Ele é gigante, mas ao mesmo tempo é pequenino e da vontade de deitar no colo, cantar musiquinhas bonitinhas e encher de pequenos beijinhos.

Ele é a única pessoa do planeta terra que me deixa sem palavras, e com ele o silêncio torna-se a melodia mais perfeita.

Ele deixa-me sem ar quando canta baixinho, e qualquer dia, tenho a certeza, tenho um ataque cardíaco, quando ele voltar a encostar a mão na minha face.

Ele faz-me sentir eléctrica, e sinto o meu coração bater a 1000km quando estou ao pé dele.

Ele faz sobressair um lado de mim que outros tinham apagado, e é da opinião geral que este é o meu melhor lado.

Ele da-me vontade de passar o dia deitada no sofá a ver desenhos animados, comer um saco de gomas com formatos engraçados, rodar em circulo pra ficar tonta, dar saltinhos sem sair do lugar, ouvir "Anyone else but you" 1000x seguidas.

Ele provoca-me 1000.000 sensações diferentes em apenas 1 minuto, boas e más, ele seduz-me como um vampiro, apesar do frio na espinha, das mãos a tremer, a vozinha interior que diz "Foge!", é tarde demais para corridas...

Como poderia não me apaixonar por ele, se todo ele é a paixão?

Novo ano, nova música...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

"..."

A tocar na vitrola: Banda sonora do filme "Juno"

Raivaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Que maravilhosa maneira de começar um texto... Ok, foda-se a merda do blog é meu e eu to super irada!!!

Quero que essa porra de ano acabe logo, to cansada de olhar para o calendário e ainda tar lá "2008", bahhhhhhhh que ódio que eu tenho deste ano, VAI-TE EMBORA ANO RUIM!

To com tanto tédio deste ano, dos que já passaram e dos outros que estão por vir, que me dá vontade de tocar um solo de guitarra de uma canção qualquer de Heavy Metal, não eu não estou bem.

Não, eu não to legal, não eu não ultrapassei porra nenhuma, não eu não faço a porra da ideia do que fazer...

To me sentindo o jornal de ontem que agora virou embrulho de peixe na feira.

ANORMALLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL!!!!

Anormal eu me sentir assim? Anormal eu ter vontade de gritar com o mundo e o mandar pra P...?

Bahh...

Caroll, Caroll, Caroll, Caroll, Caroll... Da pra parar de caminhar pra esta porra de abismo sem fim???

Já agora tem um monte de gente que ando com vontade de mandar a merda...

Toda gente que me manda mails com frasesinhas repetidas do género: "Aproveite a vida e blá blá blá"

Quero também mandar a merda o imbecil que inventou esta porra de época do ano chamada Natal, eu juro que ontem quase meti porrada num Papai Noel que estava no shopping, mas depois fiquei com pena do moço, ele só estava a trabalhar pelo seu dinheirinho.

Ah... Você aí! Você mesmo seu Ladrãosinho de música e inspirações alheias, seu ano foi bom?
O meu foi uma merda! Por isso meu bem desejo do fundo do meu coração que no novo ano você tenha 365 dias de merda!!!

Bah...

Ah vai a merda você também que esta a ler este texto com ar de superior a pensar: "que garota idiota, existem pessoas com problemas muito maiores e estão sorrindo contentes da vida."

To farta de saber que a minha vida é maravilhosa, que os meus problemas são pequenos, que tenho tudo pra ser feliz e blá blá blá...

Que quer que eu te diga? Esta sou eu, se não gosta vai a b...

O retardo que me chamou de alcoólica e disse que eu tinha de manerar com a bebida também tem direito a um VAI A MERDA lindo e redondo, não sou alcoólica e não teria problemas nenhum de o assumir se realmente o fosse, simplesmente acho que um "copo" ajuda a aliviar a dor quando ela torna-se insuportável.

Também queria ofender todos os poetas e afins que fizeram de mim uma Romântica compulsiva, que espera sempre que a vida seja um enredo de um filme do Nicolas Spark, ah Sr. Spark to com um ódio de ti, mas estes daí não consigo mandar pra nomes feios, então fica aqui declarado que to profundamente magoada com todos vocês viu.

Musiquinhas tão lindas tocando na vitrola e eu aqui exprimindo palavras de raiva do fundo da minha alma, bah...

Esqueçam toda esta merda, não tenho raiva de ninguém, não quero que ninguém se foda, nem que o novo ano de ninguém seja uma grande porcaria...

Não, 2008 não foi tão ruim assim, mas será que alguma força cósmica poderia fazer de 2009 um ano um bocadinho só melhor????

Tédio...

P.S.: Uma raivinha especial da autora do livro "O segredo", nenhum cheque de 1.000.000US$ chegou no meu correio...

domingo, 14 de dezembro de 2008

O grandão

Praia do Amado, Algarve
Música a tocar na vitrola: "Open your eyes" Snow Patrol


Ficamos frente a frente como num duelo, ele ali enorme, colossal e omnipotente e eu tão pequenina.

Ele parecia muito mais zangado do que eu pensava, ia e vinha em secções de ondas violentas que faziam um barulho ensurdecedor.

No entanto, dentro de mim uma paz, sentia nos meus pés o granulado da areia, o vento a bater na minha face trazendo o doce aroma da maresia.

Eu e ele, o Grandão, finalmente tinha chegado a hora.

Abri os meus olhos, e com toda a minha sabedoria de gente pequena o fitei com olhos de desafio.

"Eu não tenho medo de você" Disse baixinho, era verdade não tinha medo.

Ele pareceu ficar ainda mais zangado.

E foi então que eu corri, as minhas pernas pequenas tornaram-se gigantes, os meus braços viraram asas, eu voava e os meus pés estavam no chão.

Foi então que os nossos corpos se fundiram, eu e ele, éramos um só, ele abraçou-me, pegou-me nos seus braços e me levou ao céu.

Todo ele estava em mim, como sempre estivera, sentia o seu calor na minha pele, e sorria, me perdi de amores pela sua imensidão azul.

"É Grandão, agora somos só nos dois..."

Eu e o Mar... Somos feitos do mesmo elemento.

Não lembro exactamente a idade que tinha nesta altura, mas lembro de cada pormenor daquele momento, o momento que eu e o meu Grandão começamos a caminhar com o mesmo passo.

E mesmo quando estou na selva de pedra, escuto o bater das tuas ondas e é feita a melodia.



sábado, 13 de dezembro de 2008

O filme perfeito

Música a tocar na vitrola: "Angel" Sarah mclachlan


"Eu prefiro ter tocado o cabelo dela uma vez...
Ter a beijado uma vez...
Do que toda uma eternidade sem isso...uma vez..."

Cidade dos Anjos
Música a tocar na vitrola: "Breathe no more" Evanescen

Passaste por mim, passaste por dentro de mim como se eu fosse um fantasma.

Não havia no teu semblante nenhum sinal da minha presença.

Passaste por mim como seu fosse apenas mais uma pessoa no meio da multidão.

E quando passaste me levaste junto contigo, tiraste a minha respiração apenas com um murmúrio da tua voz.

Toda eu perecia de fome da tua música e tudo o que me deste foi um murmúrio...

E tu passaste por mim e nem sequer me olhaste nos olhos, nem a luz do teu olhar me deste.

Fazes-me falta...

Tornei me um monumento ao nosso amor destruído, um memorial vivo do que já se foi e não volta mais, e as vezes me pergunto se foi tudo real...

Se foi real a tua mão a apertar a minha, se foi real a nossa entrada com pés direitos, se foi real o mar que nos uniu, e principalmente se foi real o teu sorriso a iluminar o meu.

Passaste por mim, e eu estava ali, aquela que outrora tu juraste amor eterno.


Tas aí? Por acaso lês as minhas palavras de dor?

Eu lutei por ti, eu lutei como uma guerreira, eu lutei com toda a força que tinha na minha alma, e tu disseste que eu era a vencedora do nosso amor, que me admirava porque eu não desistia, eu não desisti, mesmo quando foste embora sem me explicar o porque.

Que culpa tenho eu de ser imperfeita? Que culpa tenho eu de ter manias e vontades?

Eu sucumbi a tua partida, e mesmo quando me olhaste nos olhos e me disseste que já não me amava mais...foda-se eu não acreditei.

E tu passaste por mim, e eu fiz uma lista de tudo aquilo que eu odiava em ti.

A porra do papel só tem uma frase: "ele não me olhar".

E eu odeio o facto de te admirar tanto, porque a luz que a tua alma emana é tão forte que ofusca o meu espírito.

Vou te esquecer só de raiva, vou te esquecer não porque quero te esquecer, mas sim porque tu passaste por mim, e eu quero passar por ti.

E tu vens aqui?

Roubas-te os meus sonhos, roubaste o meu ar, roubaste as minhas palavras, que merda de mundo é este onde não te tenho junto a mim?

As vezes por um instante te sinto junto a mim, e sinto a batida uníssona dos nossos corações, um momento que só dura um segundo mas que parece uma eternidade.

Passaste por mim meu bem, mas não te levaste.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Intemporal


Música a tocar na vitrola: "Universe and u" Kt tunstall


Ela entrou no quarto nas pontas dos pés, como se fosse uma bailarina quase a flutuar no ar, o seu coração acelerado batia tão alto que poderia acordar a cidade inteira.


E lá estava ele, ela o observou calada durante alguns instantes, podia passar a eternidade toda a olhar para o seu rosto, ele estava tão sereno...

Mas o tempo é o grande inimigo dos amantes, e o tic tac do relógio o afastava cada vez mais de si.


Aproximou-se da cama, seus lábios quase tocavam a orelha dele, num sussurro a sua voz pronunciou o nome amado, e ele despertou do sono, abriu os olhos e mesmo na escuridão do quarto a reconheceu.

Ela sorriu...


-Chiuuuuu! Disse ela fazendo beicinho e com o dedo indicador na boca do amado.


-Vieste te despedir de mim? A voz dele reflectia a dor que o seu coração carregava, aquele momento era sempre doloroso, pois ao mesmo tempo que estava junto dela, sabia que seria por pouco tempo, e nunca tinha a certeza absoluta se um dia a voltaria a ver.


Ela balançou a cabeça a responder que sim.


-Desta vez a culpa foi minha...


Ela o olhou a recriminar por aquelas palavras.


-Sabes que eu não acredito em culpados, e sabes o que eu penso...


Ele a olhava com admiração, ela era sempre tão corajosa.


-Sim eu sei, se não for hoje vai ser amanhã, se não for amanhã vai ser outro dia, e se não for nesta...


-Será em outra vida!!! Completou ela com um grande sorriso.


Ele amava aquele sorriso, nos momentos que a sua alma ficava escura, e a esperança ficava presa por um fio, era a lembrança daquele sorriso que o trazia de volta a luz.


-Adoro saber que tens sempre razão. Sua mão tocava a face quente dela, e ela como um gatinho mimado aninhava-se ao seu lado.


-Nada disso importa, eu tenho certeza que da próxima vez vamos ter mais sorte...


-Como podes ter certeza?


Toda a face dela sorria, e ele soube logo a resposta.


-A música... E ele também sorriu.


-A música... Confirmou ela.


A felicidade de segundos atrás fugiu do rosto dele rapidamente quando lembrou do tempo que ficariam separados, ela sempre lia os seus pensamentos nas linhas do seu rosto.


-Estende a tua mão esquerda...


Ele obedeceu, faria qualquer coisa que ela ordenasse, afinal era ela...


Ela colocou a sua mão esquerda sobre a dele e com os dedos desenhou um circulo na palma da sua mão, depois fechou os seus dedos, como se tivesse guardado ali um tesouro.


-Um presente para me teres ao pé de ti quando eu me for embora.


Uma lágrima caiu dos seus olhos, e ela a secou com os seus dedos.


-Não chores meu bem, sabes bem que uma lágrima tua quebra o meu coração em mil pedaços.


-Queria ter a tua força... A voz dele tremia, todo o seu corpo tremia.


-E eu queria ter a tua determinação.


-Longa se torna a espera...


Os seus olhos despediam-se, pois as suas bocas jamais conseguiam pronunciar o adeus.


A imagem dela desvaneceu no ar como fumaça, os seus olhos abrigavam um mar de lágrimas, e elas rolavam pela a sua face como uma forte chuva de verão.


Lá fora o sol nascia, mais um dia, mais uma vida, sem ela, sem ele...


Ele abriu os olhos, a sua mão esquerda ainda estava fechada, ele a abriu, e de lá saiu um aroma a baunilha,coco e canela, aquele aroma era tão familiar...


O telefone tocou, ele olhou para o outro lado da cama, a sua companheira continuava a dormir, com as mãos tremulas atendeu a ligação.


-Lucas? Perguntava uma voz chorosa do outro lado da linha.


-Sim, quem fala?


-Sou eu a Isabela, Lucas eu sei que você e a Gabi já não se falavam a algum tempo, mas achei que deveria saber que ela faleceu esta noite.


-Como...Como isso aconteceu?


A sua voz tremia...


-Não sabemos, ela simplesmente se foi... Estava a dormir e não acordou mais, o que nos conforta é que achamos que ela não sofreu, pois quando a encontramos ela estava a sorrir, parecia que estava a sonhar...


A história deles passava na sua cabeça como um filme, ele culpava-se, naquele momento percebera que mais uma vez desperdiçara a chance de estar ao lado dela.


A voz dela surgiu na sua memória, a música...


Eles iriam ter outra oportunidade, e ela o reconheceria novamente, ela sempre o reconhecia.


Agarrado ao aroma que ela deixara na palma da sua mão, ele jurou mais uma vez que seria forte, por ela.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Perdidamente achada



No momento que olhei no fundo da minha alma, tudo o que eu consegui enxergar foi a tua imagem junto da minha.
Meus lábios desenharam um sorriso, reflectindo o sentimento que o meu coração guardava.
Senti você, sinto você...
Lembrei como gostava de sentir o teu rosto com os meus olhos fechados.
O Carnaval fora de época em que você transformava o meu corpo quando tocava-me com as tuas mãos imperfeitamente perfeitas.
Lembrei de olhar nos teus olhos e ver o mar, e as ondas a bater numa canção quando os teus lábios juntavam-se aos meus.
E o mais triste inverno transformava-se num dia quente de verão quando eu passava as minhas mãos nos teus cabelos.
Sentia o teu olhar em mim quando caminhava na rua e ouvia a nossa canção na minha memória.
E o mundo transformou-se em poesia quando me cantaste os teus primeiros versos.
Tens o dom de me ter mesmo não estando comigo, e me levas nos teus passos mesmo quando os teus pés te levam para longe de mim.
Envio-te o sorriso que desenhaste com os teus dedos, atrávez do laço invisível que foi atado entre nós dois.
Eu estou lá, quando você fechou os olhos e as palavras transformaram-se em melodia, eu estava lá...
E é tão engraçado como ler o teu nome me faz bem, como se fosse uma palavra secreta que deve ser dita para poder entrar em outros mundos.
Naquele dia que dançamos abraçados, a lua nos observava cheia de inveja, o nosso amor era grande demais para caber em nos dois.

O que eu queria dizer-te quando te olhei naquela noite que estivemos a sós pela ultima vez, naquele mesmo lugar onde demos tantas gargalhadas nos tempos bons, o que eu queria dizer-te era que a tua boca obedeceu a razão, mas os teus olhos reflectiram o teu coração, e eu ainda estava lá.
Sabe meu bem, ensinaste-me que um amor pode durar pra vida inteira, mesmo não estando lado a lado, e hoje aqui sentada a escrever palavras ditadas pela minha emoção, sinto-te ao meu lado, e quando fecho os olhos sinto a tua face junta a minha, e eu ainda estou aí...
A música está a tocar...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A confição



"Algumas pessoas vivem a vida toda sem se apaixonar, eu vivi a minha vida e me apaixonei..."

Jovens Alucinados


Ela nunca considerou-se uma "super-mulher", nunca entendera porque as pessoas a descreviam como uma pessoa forte que superava todas as espécies de problemas.


Mas ao mesmo tempo odiava quando a chamavam de frágil, quando diziam que ela era sensível, era quase como uma ofensa, porque ela queria ser aquela mulher forte, ela queria ter o dom de superar todos os problemas e tragédias.


Até que chegou o tempo que as duas mulheres encontraram-se, as duas vertentes do seu ser...


Ela sempre achara que assumir que sempre sonhara em viver um grande amor a faria parecer fraca, vulnerável, solitária...


Acreditava que uma mulher forte não precisava de um amor, que gostava de viver sozinha, que o romance era coisa para tolos, ela não queria ser tola...


Então ela guardou esse desejo, e numa prece baixinha pediu a Deus que um dia colocasse no seu caminho aquele grande amor, que ela sabia, que lhe estava destinado.


Quando ela o viu pela primeira vez, ela soube, todos os átomos do seu corpo confirmaram a sua suspeita...era ele.


Ela viu dentro dos seus olhos tudo aquilo que sempre desejara, o verão chegava com o seu sorriso, ele era simplesmente a personificação da palavra amor.


E ela o amou toda a sua vida, porque toda a sua vida ela o carregou no seu coração, e ali, a contemplar a imensidão do seu olhar, com o mar como testemunha, ela agradeceu a Deus por a permitir conhecer o seu grande amor.


Entretanto junto com o amor ela conheceu dor da perda, a dor de não ser a metade da sua metade.


Ela sofreu tanto que quase se perdera, mas até as feridas mais profundas cicatrizam, e ela sobreviveu, mas o seu sorriso perdeu a luz que tinha outrora.


Ela achava que se escondesse esta dor, se vivesse a fingir que aquilo não a atingira, que assim estaria a ser a mulher forte que tanto a sua metade admirara um dia...


Ela sou eu...


Um dia eu amei e fui amada, um dia eu conheci alguém que transformou a minha vida numa comédia romântica com final feliz.


Toda a minha vida eu tive a certeza que esta pessoa existia, o que eu nunca pensei era que esta pessoa era minha mas não me estava destinada.


Aceitar esta verdade não foi nada fácil, houve momentos que achei que me tinha perdido, que tinha deixado escapar a minha felicidade pelos dedos, como a areia da praia.


Eu Carolline Leoncio Silva De Souza vivi, e estou vivendo, a minha vida e me apaixonei, e fui amada, mesmo que tenha sido por um curto tempo, durou uma eternidade.


E hoje ao ver-te declarar o seu amor por outra amada, com o coração profundamente apertado, eu te perdoo por não me amar.


Eu limpo o meu coração de toda a magoa e rancor que um dia eu sentira.


Pois eu ainda estou ali, a música, a praia, a fotografia de um dia de bom, você também carrega um bocadinho de mim.


A eternidade ficaram nas palavras, e quando fecho os olhos...escuto a nossa música e vejo um filme que outrora teve a mim como protagonista.


"Você não é louca, é extremamente passional."


Finalmente devolveste a canção que roubaste de mim...



"Trago o teu coração comigo (guardo-o dentro do meu coração)
Nunca o deixei noutro lugar (onde quer que vá, vais comigo, meu amor; e o quer que seja feito apenas por mim, é por ti feito, meu bem)...

Temerei jamais qualquer destino (pois és o meu destino, minha doçura)

Quererei jamais qualquer mundo (que a tua formosura é todo o meu mundo, minha verdade)

E és tu o que uma lua sempre possa ter significado e o quer que tenha sempre um sol cantado, és tu...

Aqui está o mais profundo segredo a todos velado (aqui está a raiz da raiz e o botão do botão e as alturas das alturas de uma árvore chamada vida; que cresce para além do que a alma pode esperar ou o pensamento esconder)

E é esta a maravilha que mantém as estrelas separadas

Trago o teu coração (guardo-o dentro do meu coração)...."

E. E. Cummings

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Devaneios


"(...) Não há no mundo lei que possa condenar alguém que a um outro alguém deixou de amar (...)" Maria Rita, Trajetória.


Ela acordou um dia e descobriu que não o amava mais, não é que tivesse algo errado com ele, apenas o sentimento que ela sentira extinguiu-se.


Sentiu-se culpada por não o amar mais, tentou forçar o seu coração a olhar novamente para aquele homem com o mesmo sentimento de outrora, foi em vão, nunca conseguira domar o seu coração, e não haveria de ser agora que conseguiria tal façanha.


Lembrou-se de quando estivera do outro lado da historia, quando condenava outro por a ter deixado de amar, quando rotulou esta pessoa como egoísta e insensível, e sentiu-se uma vilã, a ironia da situação em que estava era brutal.


Entretanto não havia outro desfecho para aquela situação, ela teria que o comunicar de sua decisão.


Mas porque tinha de ser tão romântica e impulsiva? Porque tinha lhe feito tantas juras e demonstrações de amor imortal, se no fundo sabia que nenhum amor é imortal?


O não querer magoar alguém não estava nas suas mãos, não estava nas mãos de ninguém, aconteceu pura e simplesmente.


Foi então que ela descobriu que a dor de deixar de amar alguém é tão grande quanto a dor de não ser mais amada.


De uma forma egoísta, ela desejou que ele ficasse bem.



quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Love is a losing game


Peguei carona na canção da Amy Winehouse para escrever este texto.

Tenho me interrogado sobre o que aconteceu ao amor de antigamente, aquele amor pra toda a vida, aquele de "e viveram felizes para sempre", ok, a vida não é um filme e blá, blá, blá, e na vida real as coisas não são bem assim, ok, ok!

Mas houve um tempo, na vida real, que o amor tinha longa duração e era respeitado, houve um tempo onde a frase "eu te amo" era dita com sinceridade, houve um tempo em que o amor estava na moda, hoje em dia o amor é demodê.

Ultimamente tenho reparado que o amor tem prazo de validade, tenho visto imensos casais a se apaixonarem, a declamar milhões de juras de amor, fotos com declarações melosas espalhadas pelo "orkut", "hi5", e outros sítios da net que estão na moda, e uns meses depois...puf! Acabou a magia, acabou o amor, e as pessoas logo conhecem outro "amor" e voltamos a mesma roda viva...

Não me levem a mal, eu também pertenço a este grupo de pessoas, já me deixaram de me amar e eu já deixei de amar alguém, e todas aquelas juras, todas as declarações, todo aquele amor, ficou perdido algures no tempo...

Será mesmo o amor um jogo perdido??? Será que o amor pra toda a vida já não existe mais???

Nos preocupamos com o aquecimento global, com a crise financeira, com as eleições americanas e até com as cuscuvilhecis dos famosos, mas e o amor??? Nos esquecemos dele???

No livro Brida do autor Paulo Coelho, é dito que todos nós temos varias outras partes, alma gémea, que são as outras metades da nossa alma, e que em cada encarnação teríamos a missão de reencontrar pelo menos uma dessas outras partes, e como a reconheceremos? O livro diz que ela teria um ponto luminoso acima do ombro esquerdo e que assim a reconheceríamos.

Seria tudo mais fácil se tivéssemos o dom de ver este tal ponto luminoso não acham? não haveriam juras de amor desperdiçadas, nem a dor de amar alguém que não nos ama, nem a culpa por magoar alguém a quem deixamos de amar...

Voltando a música da Amy, será mesmo o amor um jogo? se isto é verdade então eu sou uma recordista em derrotas nesta competição.

O livro também diz que podemos deixar a nossa outra parte seguir em frente sem aceita-la, e que assim seremos condenados ao pior castigo que há na face da terra...a solidão.

Teremos algum de nós em determinada parte da nossa vida deixado a nossa outra parte ir embora? estaremos nós condenados a solidão eterna?

Não sei se chegarei algum dia a encontrar reposta para estas perguntas, neste momento a única coisa em que consigo pensar é na voz da Amy a cantar "Love is a losing game".

Psicoses

Qualquer dia vou num Psiquiatra e vou pedir um certificado da minha insanidade, depois vou colocar numa moldura bem bonita e pendurar na parede.

E quando alguém vier me encher o saco eu vou dizer: "Cuidado comigo! Eu sou uma louca diplomada!!!"

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O encontro



As bocas se beijavam com desejo, dançando ao som da sedução, um beijo com sabor de plenitude, um beijo com sabor a mar...

Os corpos entrelaçados completavam-se um ao outro, como se em determinada parte da sua existência uma força maior os tivesse separado, e agora...por fim...juntos...

No ar pairava o perfume da paixão, um perfume que nem o mais sábio dos perfumistas poderia recriar...

Ele era ela, ela era ele, eles eram um só, finalmente tinham chegado ao fim da longa estrada que caminharam a procura um do outro...

O encontro dos seus corpos era perfeito, a volúpia entre eles quase que estremecia a terra...

Os olhos derramavam um mar salgado, uma mistura de alegria e de dor, sim a dor estava lá, a dor da saudade que sempre existira, mesmo quando desconheciam a existência um do outro...

Ela olhava para ele e via o seu lar, ele era como um dicionário, uma enorme enciclopédia com todas as repostas para as perguntas que a atormentavam, no momento que se olharam pela primeira vez tudo fez sentido, toda a sua existência, toda a sua vida, e ela sorria...

E ele lhe correspondia com um sorriso de alma aberta, o sorriso que ela tanto procurou em outras faces, e neste momento ele soube que toda a sua busca valeu a pena, ele era Orfeu e ela era a sua Eurídice...

Eles estavam sós no mundo, e mesmo assim o mundo estava completo...

Ela abriu os olhos...e a realidade caiu sobre ela como uma rocha pesada, era apenas um sonho...entretanto o seu perfume ainda pairava pelo o ar...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Loucura é não ser eu



Dentro de mim existe um mundo surrealista, de fazer inveja as pinturas do grande Salvador Dalí...

Dentro de mim existe uma estranha, que deseja desesperadamente ser libertada, e todos os dias travamos uma luta pela posse do meu corpo...

Dentro de mim existem dois hemisférios, a mulher e a menina, a coragem e a covardia, a angustia e a felicidade plena...

Dentro de mim existe uma voz, uma voz gigante que chora, que implora para ser amada, mas que ao mesmo tempo quer ser livre...

Neste meu mundo a realidade é diferente, aqui dentro de mim eu posso ser louca, eu posso gritar todas as tristezas do meu dia, aqui nada importa, a porta está fechada,dentro de mim...

Dentro de mim a lotação está esgotada, não há vagas no meu mundo, não há pessoa que possa entrar, ficam sempre a boiar na superfície, pois o mar dentro de mim é selvagem, não se consegue mergulhar dentro de mim...

A minha loucura é a minha normalidade, o meu mundo é o meu país, a minha única nacionalidade, sou rainha, rei e súbdito dentro de mim...

Loucura é não ser eu, loucura é abandonar o seu mundo por outro, a minha forma de ser é peculiar, é minha, e não abro mão dela por nenhum outro mundo, o amor já não habita dentro de mim...

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Creep

O meu coração está a gritar esta música...
Radiohead-Creep
When you were here before,
Couldn't look you in the eye.
You're just like an angel,
Your skin makes me cry.
You float like a feather,
In a beautiful world
I wish I was special,
You're so fucking special.
But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here.
I don't care if it hurts,
I wanna have control.
I want a perfect body,
I want a perfect soul.
I want you to notice,
When I'm not around.
You're so fucking special,
I wish I was special.
But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here
She's running out again,
She's running,
She run, run, run, run, run.
Whatever makes you happy,
Whatever you want.
You're so fucking special,
I wish I was special,
But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here,
I don't belong me.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Espelho


As gargalhadas ainda ressoavam na sua memória, pequenos fragmentos de um passado que fora levado com o vento.

Ela perguntava-se quando iria sorrir novamente daquela maneira, como se fosse explodir de tanta felicidade, sentia-se culpada por ter deixado a felicidade fugir das suas mãos como a areia da praia.

Os amigos não entendiam porque aquele ser cheio de vida havia transformado-se numa sombra escura, e ela não conseguia explicar a imensidão melancólica que possuía o seu coração.

A vida transformara-se numa tormenta, o simples facto de respirar custava tanto, ela sentia-se cada vez mais fraca, e o mundo exigia dela uma força que não mais existia.

Ela sabia que voltar a agarrar a felicidade com toda a sua força, só dependia dela, mas ela questiona-se se valia mesmo a pena.

O mundo que ela conhecia não era o mundo que de facto existia, e começava a pensar que as pessoas sempre tiveram razão a seu respeito, ela era uma sonhadora idiota.

Percorrera um longo caminho até a dor, e já não sabia o como voltar para casa, no espelho apenas um reflexo de uma pessoa que já não estava viva.

Ela era um fantasma no cruel mundo dos vivos.

domingo, 9 de novembro de 2008

Nostalgia




Escrevo estes versos na esperança que desperte em mim o ser que outrora fora.

Gosto de correr, de sentir o vento bater no meu rosto, gosto da sensação de liberdade que sinto quando os meus cabelos roçam meu rosto...

Sento na varanda e converso com as estrelas, me pego a pensar em coisas malucas, o que será que o Keanu Reeves está a fazer agora? Qual será o gosto da pasta de dentes dele? Qual será a posição preferida dele de dormir?

E lá vou eu mais uma vez para Realengo, de 15 em 15 dias... Como pode alguém decidir quando eu posso conversar com o meu pai? E se um dia eu acordar num sábado e sentir vontade de deitar no colo dele e não for o meu sábado de 15 em 15 dias?

O oceano é tão imenso... um barco chega ao lado dessa pedra solitária onde eu me refugio, e me leva para conhecer outros mundos, perdidos na imensidão azul do mar...

Atravesso o bairro todo se for preciso!!! Nunca pensei que um dia iria ter uma amiga patricinha, ela é o meu oposto, mas ao mesmo tempo somos tão iguais, nenhuma pessoa na face da terra me entende tanto, nunca nos iremos separar... Mas aquele caminhão tão grande... A minha melhor amiga a milhões de quilómetros de distancia de mim...

Ei!!! Acende a luz! Tá muito calor, cadê o gato? oh não ficou preso na geladeira, hahahahaha, já vi que hoje não dormimos mais, alguém lembra de uma boa história de terror? vamos ver tv?

Vamos!!! Tá na hora!!! Apaga Luz!!! Apaga a Luz!!!


"I'll be there for you

When the rain starts to pour

I'll be there for you

Like I've been there before

I'll be there for you

Cause you're there for me too..."


"Aquele em que o Ross e a Rachel...vocês sabem..." Ahhhhhhhhhh, não acredito, finalmente!!!


Adoro o horário de verão, é a única época do ano que posso ficar mais uma hora na rua sem minha mãe reclamar que já escureceu e já devia estar em casa...


Você nunca foi na Ilha grande??? Eu não... Como você pode ter morado em Angra durante tanto tempo e ir embora p Portugal sem conhecer a Ilha? Sei lá, um dia eu volto só para ir na Ilha Grande...


"But you put the happy

in my ness

you put the good times

in to my fun

and it's so hard to do

and so easy to say

but sometimes

sometimes

you just have to walk away

walk away

and head for the door"


E meu...essa é a música da moca...Ai meu Deus olha um caminhão gigante,ahhhhhhhhhhhhhhh!!!! hahahahahaha, Corre Dorothea!! Voa com o ventooooooooo!!!


Você que gosta tanto do legião urbana não lembra daquela canção "Pais e filhos", sim Pai...Os adultos também erram minha filha...


Promete que você nunca mais me vai fazer sofrer? Eu prometo... Desculpa, mas eu não te amo como você me ama...


Olá você é a Carol? Sim...E tu quem és??? Eu sou a Joana...


Eu quero beber tequila no chápeu! E pá és doida! Tu és mais... Minha pita loira!


E já estou no avião, nem deu muito medo, o pior foi quando ele decolou, parecia que ia cair na água... Olha lá as nuvens, parecem algodão doce... E as minhas estrelas... estão tão perto de mim... Do outro lado do oceano um novo mundo me espera...


Quando me perguntarem do que eu gostei mais, vou dizer que foi de ti...


sábado, 8 de novembro de 2008

Separação



Quando ela acordou o mundo estava diferente...
Levantou-se da cama, os seus pés tocaram o chão frio, mas ela não sentira, todos os seus sentidos estavam dormentes...

Ela caminhou até a casa de banho, olhou-se no espelho e não a reconhecera, ela era um fantasma, não reconhecia aquela pessoa ali reflectida, o semblante pesado, os olhos inchados, a boca tremula, o nariz a fungar, não, não era ela, ela era uma pessoa feliz e aquelas não eram características de um rosto feliz...

Sentia um aperto no peito, como se derrepente um enorme aspirador tivesse tirado todo o ar que existia em sua volta, não conseguia respirar, não como dantes, ela estava sufocada, sentia-se a cair numa enorme areia movediça e quanto mais esforçava-se para sair, mais ela ficava presa.

Foi até a janela, e o mundo tinha perdido a cor, o sol já não brilhava com a mesma intensidade, o canto dos passáros era como um cinema mudo, a vida tinha parado, o vento tinha congelado, o mundo dela desabou.

Ela caiu com as mãos no rosto a chorar, mas naquela noite já havia chorado todas as suas lágrimas, e tudo o que restara era o sofrimento, uma enorme dor no seu peito, um elefante sentado no seu coração.

Aquelas palavras ainda ecoavam na sua cabeça, em todo o seu ser... "eu não te amo mais,adeus..."

Naquele momento Deus a abandonara, e nenhuma das suas orações foram atendidas, ela estava por sua conta, ela estava perdida...

Ela que era um furacão tinha sido resumida a uma chuva de verão, uma chuva passageira, e toda a sua coragem tinha ido embora quando ele lhe virou as costas, todos os seus sonhos lhe foram roubados, toda a sua alegria, o seu optimismo, tudo que lhe pertencia, ele levou consigo...

Ela tinha de aprender a caminhar de novo, como uma criança aprende a dar os primeiros passos, sabia que iria perder o equilíbrio várias vezes, mas também sabia que um dia conseguiria dar os seus próprios passos e retomar o seu caminho.

O elefante ainda está lá sentado, mas aos poucos ela caminha, aos poucos ela se reconhece, aos poucos o furacão voltara a esta cidade.

sábado, 11 de outubro de 2008

Juno



Era uma vez uma stripper que não sabia dançar, mas que gostava de escrever, um dia essa stripper teve uma ideia para um roteiro de um filme, e foi assim que surgiu Juno…


De cem em cem anos, piadinha, o universo conspira ao meu favor e inspira alguém a escrever um roteiro que me faz ir as alturas, Juno é assim, tudo neste filme é perfeito, a história, os actores, a banda sonora, a simplicidade…


Estou completamente rendida a Juno, e é uma história tão simples…


Para quem não ainda não viu Juno , Ellen Page, é uma adolescente de 16 anos que fica gravida “sem querer”, e decide entregar o Bebê para adopção, e acaba por escolher um casal nos classificados, Jenifer Garner e Jason Bateman.


O que torna Juno uma história deliciosa são os diálogos, que conseguem ser engraçados e ao mesmo tempo super inteligentes.


A banda sonora cantada ao som de violão, com letras tão simples completam a ternura do filme.


Enfim, estou apaixonada, já era fã da Jenifer Garner, o Jason Bateman vi pela primeira vez em “Hancock” e o adorei, mas a Ellen Page foi a primeira vez que a vi, e estou rendida a essa pequena, enorme, actriz, que até foi indicada ao Oscar!


A Ellen não ganhou o Oscar, mas a criadora de Juno sim, Diablo Cody, a tal ex-stripper, levou para casa o Oscar de melhor roteiro original!


Esta noticia nem é tão nova assim, mas só hoje é que finalmente eu vi Juno, antes tarde do que nunca, quem não viu está a espera de que?

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Vinícius O Poeta



Hoje comprei um livro lindo que fala sobre o Vinícius de Moraes…


Eu e o Poetinha temos um velho caso de amor, ele me acompanha desde a minha infância, desde os meus primeiros versos, não consigo falar de Vinícius sem me emocionar, ele é a minha paixão eterna.


Eu nunca me identifiquei muito com o Rio de Janeiro, mas isso é tópico para outro texto, o Poeta sempre foi a minha maior ligação com as minhas raízes Carioca.


Sempre amei a forma apaixonada que ele falava do Rio, da mulher carioca, isso sempre me encheu de orgulho de dizer “Eu sou Carioca”, porque lembrava o meu Poeta.


“Eu sem você não tenho porque…”


Foi ao fazer um trabalho para a escola sobre Vinícius que descobri mais sobre ele, e o meu amor aumentou, como se isso fosse possível, mas eu não quero falar sobre isto agora, que tenho o coração machucado, quero falar de Vinícius com o coração alegre, com alma lavada.


“Teus abraços precisam dos meus, os meus braços precisam dos teus…”


Porem não poderia deixar de falar desse livro maravilhoso, este relato gráfico da vida de Vinícius, e como se não bastasse, vem acompanhado de dois CDS, um onde o Poeta é acompanhado pela divina Maria Creusa e outro acompanhado de Toquinho e Maria Bethania, fantástica Bethania.


“Você tem que me fazer um juramento (…)
(…) De não perder esse jeitinho de falar devagarinho as historias de você (… )”




"O poeta só é grande se sofrer..."


Vinícius de Moraes