sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Devaneios


"(...) Não há no mundo lei que possa condenar alguém que a um outro alguém deixou de amar (...)" Maria Rita, Trajetória.


Ela acordou um dia e descobriu que não o amava mais, não é que tivesse algo errado com ele, apenas o sentimento que ela sentira extinguiu-se.


Sentiu-se culpada por não o amar mais, tentou forçar o seu coração a olhar novamente para aquele homem com o mesmo sentimento de outrora, foi em vão, nunca conseguira domar o seu coração, e não haveria de ser agora que conseguiria tal façanha.


Lembrou-se de quando estivera do outro lado da historia, quando condenava outro por a ter deixado de amar, quando rotulou esta pessoa como egoísta e insensível, e sentiu-se uma vilã, a ironia da situação em que estava era brutal.


Entretanto não havia outro desfecho para aquela situação, ela teria que o comunicar de sua decisão.


Mas porque tinha de ser tão romântica e impulsiva? Porque tinha lhe feito tantas juras e demonstrações de amor imortal, se no fundo sabia que nenhum amor é imortal?


O não querer magoar alguém não estava nas suas mãos, não estava nas mãos de ninguém, aconteceu pura e simplesmente.


Foi então que ela descobriu que a dor de deixar de amar alguém é tão grande quanto a dor de não ser mais amada.


De uma forma egoísta, ela desejou que ele ficasse bem.



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