quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A confição



"Algumas pessoas vivem a vida toda sem se apaixonar, eu vivi a minha vida e me apaixonei..."

Jovens Alucinados


Ela nunca considerou-se uma "super-mulher", nunca entendera porque as pessoas a descreviam como uma pessoa forte que superava todas as espécies de problemas.


Mas ao mesmo tempo odiava quando a chamavam de frágil, quando diziam que ela era sensível, era quase como uma ofensa, porque ela queria ser aquela mulher forte, ela queria ter o dom de superar todos os problemas e tragédias.


Até que chegou o tempo que as duas mulheres encontraram-se, as duas vertentes do seu ser...


Ela sempre achara que assumir que sempre sonhara em viver um grande amor a faria parecer fraca, vulnerável, solitária...


Acreditava que uma mulher forte não precisava de um amor, que gostava de viver sozinha, que o romance era coisa para tolos, ela não queria ser tola...


Então ela guardou esse desejo, e numa prece baixinha pediu a Deus que um dia colocasse no seu caminho aquele grande amor, que ela sabia, que lhe estava destinado.


Quando ela o viu pela primeira vez, ela soube, todos os átomos do seu corpo confirmaram a sua suspeita...era ele.


Ela viu dentro dos seus olhos tudo aquilo que sempre desejara, o verão chegava com o seu sorriso, ele era simplesmente a personificação da palavra amor.


E ela o amou toda a sua vida, porque toda a sua vida ela o carregou no seu coração, e ali, a contemplar a imensidão do seu olhar, com o mar como testemunha, ela agradeceu a Deus por a permitir conhecer o seu grande amor.


Entretanto junto com o amor ela conheceu dor da perda, a dor de não ser a metade da sua metade.


Ela sofreu tanto que quase se perdera, mas até as feridas mais profundas cicatrizam, e ela sobreviveu, mas o seu sorriso perdeu a luz que tinha outrora.


Ela achava que se escondesse esta dor, se vivesse a fingir que aquilo não a atingira, que assim estaria a ser a mulher forte que tanto a sua metade admirara um dia...


Ela sou eu...


Um dia eu amei e fui amada, um dia eu conheci alguém que transformou a minha vida numa comédia romântica com final feliz.


Toda a minha vida eu tive a certeza que esta pessoa existia, o que eu nunca pensei era que esta pessoa era minha mas não me estava destinada.


Aceitar esta verdade não foi nada fácil, houve momentos que achei que me tinha perdido, que tinha deixado escapar a minha felicidade pelos dedos, como a areia da praia.


Eu Carolline Leoncio Silva De Souza vivi, e estou vivendo, a minha vida e me apaixonei, e fui amada, mesmo que tenha sido por um curto tempo, durou uma eternidade.


E hoje ao ver-te declarar o seu amor por outra amada, com o coração profundamente apertado, eu te perdoo por não me amar.


Eu limpo o meu coração de toda a magoa e rancor que um dia eu sentira.


Pois eu ainda estou ali, a música, a praia, a fotografia de um dia de bom, você também carrega um bocadinho de mim.


A eternidade ficaram nas palavras, e quando fecho os olhos...escuto a nossa música e vejo um filme que outrora teve a mim como protagonista.


"Você não é louca, é extremamente passional."


Finalmente devolveste a canção que roubaste de mim...



"Trago o teu coração comigo (guardo-o dentro do meu coração)
Nunca o deixei noutro lugar (onde quer que vá, vais comigo, meu amor; e o quer que seja feito apenas por mim, é por ti feito, meu bem)...

Temerei jamais qualquer destino (pois és o meu destino, minha doçura)

Quererei jamais qualquer mundo (que a tua formosura é todo o meu mundo, minha verdade)

E és tu o que uma lua sempre possa ter significado e o quer que tenha sempre um sol cantado, és tu...

Aqui está o mais profundo segredo a todos velado (aqui está a raiz da raiz e o botão do botão e as alturas das alturas de uma árvore chamada vida; que cresce para além do que a alma pode esperar ou o pensamento esconder)

E é esta a maravilha que mantém as estrelas separadas

Trago o teu coração (guardo-o dentro do meu coração)...."

E. E. Cummings

1 comentário:

LannahC. disse...

to chorando e nao consigo digitar.rs