segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Sobre as palavras


Escrever é um acto libertador, é onde eu posso expressar todos os meus medos, meus receios, quando escrevo sobre as coisas que me transtornam é como se as tivesse jogado num enorme buraco negro no meio do espaço.

Sinto tanta vontade, não, necessidade de escrever… as palavras vão surgindo e libertam-me, da tristeza…

Só as palavras compreendem-me, elas dão um lar para o meu coração vazio, que anda perdido como um cachorro na chuva.

Elas confortam-me, dão-me esperança, dizem-me que a tal luz no fim do túnel realmente existe.

Elas são como os primeiros raios de sol depois de um longo período de chuva, aquecem meu corpo, trazem-me de volta a vida.

Eu escrevo para não ficar louca, para manter o pouco de sanidade que ainda resta dentro de mim, mas ao mesmo tempo a minha escrita encaminha-me para a loucura, mas esta loucura é atraente, esta loucura é “normal”.

As palavras e eu andamos de mãos dadas, não conseguimos viver sós, por isso nos fazemos companhia, elas são a minha verdadeira “alma gémea”, elas conduzem-me à felicidade.

Escrever… faz parte da minha essência, e não pode-se lutar contra a nossa essência…

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