segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Sobre o fogo


"emanar"

do Lat. emanarev. int.,
evolar-se;
sair de;
provir;
desprender-se;
disseminar-se em partículas subtis.


E estava ali...como uma canção que começa baixinho, apenas com a voz do cantante e um pianinho ou outro instrumento suave a acompanhar...e derrepente... todos os instrumentos... e uma confusão de guitarras e baterias a entorpecer o meu espírito...

E o fogo ainda estava ali... a me consumir...

Eu percebo porque as pessoas tem medo do fogo, acho que no fundo, apesar de todas as nossas frases de "carpe diem, temos medo daquilo que nos tira o controlo, e o fogo não tem controlo, ele queima em todas as direcções...

Eu não tenho medo... nunca tive... sempre me joguei ao fogo como se estivesse a mergulhar no mais límpido lago...

E quanto as consequências? as queimaduras? não tenho medo de cicatrizes, a pele regenera, as piores marcas são as internas, mas mesmo elas um dia saram...

Mas o fogo... é inebriante... sedutor... necessário...

Não... a minha teoria foi completamente afundada, um amor eterno sem fogo não é melhor do que um amor com prazo de validade, mas que queima incessantemente...

É como a tal música, ele começa devagar, o coração assume uma nova batida... e taram... cá está, possuída, inerte, sem controlo...

Pois é sou uma potencia sem controlo, viva! e do que vale o controlo? do que vale perder toda a diversão? o que vale ter a paciência de um Buda, quando o fogo não queima?

Não, não, não!!!

Não quero ter paz, não quero me contentar, não quero ser o casal que vence o tempo, mas que não queima...

Eu quero queimar, quero explodir num céu coberto de estrelas!!!

E não me venham com merdas!!! Não me venham com criticas, quem não aguenta com o calor que eu emano que se afaste!!!

Não está tudo perfeito desse jeito, mas a perfeição é uma utopia, e se ela existir mesmo... ardera tanto como a imperfeição...?

Deixa queimar...

1 comentário:

Anónimo disse...

"Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.(...) E não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai magoar-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso.Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destrui-la e que podes fazer coisas num instante das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tu tens na vida, mas quem tens na vida (...) Aprendes que quando estás com raiva tens direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de seres cruel. Aprendes que nem sempre é suficiente seres perdoado por alguém. Algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, tu serás em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que o consertes. E, finalmente, aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto planta o teu jardim e decora a tua alma, em vez de esperares que alguém te traga flores. E percebe que realmente podes suportar...que realmente és forte e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida!(...) E só o medo de tentar nos faz perder o bem que poderíamos conquistar."

SHAKESPEARE