quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Devaneios
Ser ou não ser...
Não sei se é da época do ano, se é da chuva que insiste em cair isensantemente, eu nunca lidei bem com dias de chuva.
Não sei se é por finalmente saber o que eu quero fazer com o resto da minha vida, e por finalmente ter a força exacta pra lutar por sonhos que tenho desde pequena.
Não sei se é por estarmos em Janeiro e derrepente me dar conta que estou a morrer de saudades do chão gelado da minha cozinha, que era a única parte fresca da minha casa de nascença.
Não sei se é porque hoje lembrei de uma piada tonta que meu pai costuma contar, e não poder morrer de rir com ele agora contando pra ele as piadinhas tontas que eu própria inventei.
Talvez seja porque sempre quando sinto a minha alma completa, um riosinho de saudade desagua dentro de mim, e só me apetece me esconder no colo daquela mãe mala que tanto me enchia o saco.
Ou então porque hoje eu olhei para a minha bicicleta e lembrei do tempo que eu pedalava horas, eram poucos minutos mas sempre me pareciam horas, até a casa da minha tia só pra ficar sentada a conversar com ela, e chorar, e rir, e a admirar por ela saber tanto da vida.
Talvez também seja porque hoje olhei para o céu e não vi nenhuma estrela, e lembrei que antes de eu ir embora o meu irmão disse-me que sempre que eu olhasse para o céu e visse as estrelas eu iria estar em casa.
Se calhar é porque eu vi uma bebe sorrindo na Tv, e senti uma saudade enorme da minha sobrinha que nunca cheguei a pegar no colo, e me doí saber que quando ela crescer ela não vai ter historias engraçadas pra contar de como eu era uma tia desajeitada e que cantava músicas do Legião Urbana pra ela dormir.
Eu não sei o porque, mas hoje eu me sinto metade de mim, a minha outra metade se foi, ou apenas ficou aonde sempre deveria estar.
Eu não sei o porque mas sinto as lágrimas presas na minha garganta, e hoje o meu Jack não está a me animar.
Não sei porque mas hoje eu só queria estar sentada no meu velho telhado a olhar as estrelas e a sonhar com outros mundos.
Sinto falta do mar.
E hoje, eu só queria a minha mãe.
Não eu não estou triste, só estou com saudades...
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1 comentário:
Saudade é uma dorzinha, que doi lá no fundo d'alma e que normalmente nos pega de cheio nos dias de chuva, nos dias em que nos sentimos só.
Saudade é uma coisa boa, significa que existem pessoas que estão longe da gente que agente ama e que nos ama também, pessoas que deixaram um pedacinho delas dentro de nós.
Feche seus olhos, sinta bem este pedacinho que ficou ai dentro e abrace bem apertado esta pessoa que tanto te faz falta, abrace, abrace...bem forte. Vai ver como alivia essa dorzinha e vai ficar apenas aquela sensação gostosa de quem acabou de estar na presença de alguém muito especial para voce.
Não permita que a saudade te machuque, ela serve para te fazer ver que tem alguém te esperando de braços abertos, sempre que vc precisar.
Te amo maninha!!!
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