terça-feira, 14 de abril de 2009

Um mergulho no passado



Digam o que disserem, para mim não há nada mais triste do que o fim de um amor...

O ano de 2007 para mim foi o mais doloroso de todos, pois foi quando amei pela primeira vez alguém e também quando senti pela primeira vez a dor alucinante do fim de um amor.

E tanto tempo depois a ferida ainda está aberta, não que ainda exista amor, ele desvaneceu...mas a dor ficou lá, não sei explicar o porque, ou melhor até o sei, mas isto é coisa minha.

Arrumando meu quarto eu acabei por encontrar alguns cadernos com sentimentos da época, e a ferida abriu mais...nem sabia que isto era possível...oh meu Deus porque minhas mãos tremem tanto?


"Nunca entendi bem o amor, quando era pequena o via nos filmes, nas músicas...mas não o via na vida real.

Isto porque achava que o amor não tinha fim, como nos filmes, sempre com um final feliz, a realidade não era assim.

E fui crescendo, tentando compreender este sentimento, desejando sempre uma historia com "e foram felizes para sempre"...logo eu que nunca gostei de contos de fadas...

Foi então que o amor bateu na minha porta, eu o abracei, o deitei no meu colo, lhe contei historias de ninar...

Cuidei dele como se fosse a jóia mais preciosa do mundo, o coloquei numa redoma de vidro, criei regras, fiz mandingas para o proteger da inveja daqueles que não tinham um amor.

Mas mesmo, e talvez por, com todos estes cuidados, não me foi concedido o tal final feliz.

Continuo a não compreender o amor..."

05/06/07


Uma vez me disseram que nem todas as canções de amor são escritas a pensar em alguém, nunca pensei que um dia iria sofrer por saber que algumas são.

2 comentários:

Andreia disse...

Muito profundo esse teu texto. Força! *

Mariana Abi Asli disse...

às vezes me questiono em como se apaixonar e amar e se manter lúcido ao mesmo tempo... como manter a razoabilidade de não viver um amor romântico e platônico ...acredito e tento viver para o amor incondicional,amor livre de tudo, amar sem imposições de valores do meu próprio ego, mas ainda me pego no questionamento de ser e estar , de viver e presenciar o presente, me manter lúcida na razão sem perder a sensibilidade de "ser humana"...deixar ser levada e guiada pela emoção e paixão sem me perder pelo meio do caminho...ser livre de mim mesma, de deixar as pessoas que se passam por mim, livres...de estar inteira , de me entregar ao amor sem ser "cega da minha razão", da minha existência...

Fernando Pessoa dizia que: "Ver muito lucidamente prejudica o sentir demasiado. E os gregos viam muito lucidamente, por isso pouco sentiam. De aí a sua perfeita execução da obra de arte."


talvez a resposta é de não pensar, deixar apenas ser guiada pelos "ventos" da vida, sem medo de sofrer...e ser feliz na vivência presente, amar nos breves minutos do tempo...