segunda-feira, 27 de abril de 2009

Vícios e virtudes




Já não tenho forças para fugir de ti...


E o fruto do pecado chamava-se nós, e todos os erros chamavam-se nós, e todos os errantes chamavam-se nós...


A nossa essência é pérfida, o nosso odor é a tentação personificada, eu e tu somos o pior da face da Terra, somos o lixo existente na alma humana, e mesmo assim...somos apenas somos...

A verdade? o que é a verdade? quem define o que está certo ou errado? nós podemos construir nossas próprias leis, nós somos Rei e Rainha das nossas vontades, nós somos o nosso próprio
dicionário, a nossa própria tábua de pedra, com os dez mandamentos cravados na nossa pele.

Tu e eu...damos um novo significado a palavra amor, sem julgamentos, sem fronteiras, sem virtudes, só vícios, e qual é o mal? se o nosso destino é nos afogar num mar de podridão, quero perder o ar contigo, quero sentir o ar da sua boca, e que a ultima canção que me entorpeça os sentidos seja o bater do teu coração.


Não, não quero saber do passado, quero o teu futuro, apaguei a minha linha da vida com a borracha dos meus desejos, e tu, só tu, vais a desenhar de volta, tu és a verdade, tu és o meu vicio maldito, tu és a minha heroína particular, entra nas minhas veias, mata-me, mas não me deixe viver um segundo sequer sem ti.


Eu e tu, tu e eu...nós somos metade da mesma costela, somos o significado do nome um do outro, eu sou tu, tu és eu...para sempre nós e somente nós.


Não, já não tenho forças para fugir de ti, estou a me entregar a ti embrulhada num papel dourado com laço vermelho, faça de mim o que bem entender, pois eu já não sou Caroll, sou apenas tu, e tu és apenas meu.


Sim, coisas estranhas realmente acontecem, e eu que achava que o universo não me ouvia, ganhei tu em forma de resposta alucinante.


"Não perturbe o tornar-se"

Deleuze

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